segunda-feira, 2 de junho de 2008

Selecção de Portugal - Nº 5 : Chalana

Regresso ao Eldorado - Edição nº 30

A estrutura habitual deste blogue aparece alterada esta semana como forma de assinalar o Europeu de Futebol que começa no próximo sábado.
Assim, de hoje até sexta-feira, o "Regresso ao Eldorado" vai publicar o top 5 dos melhores futebolistas portugueses de sempre, um lote de luxo que desenhou magia nos relvados e encantou multidões.

A entremear este lote de cinco magníficos, os habituais postais de cidades lusitanas, sendo que, desta vez, a série estará directamente relacionada com o local de nascimento de cada artista do mundo da bola.
É por isso que começamos com um "Era uma vez... no Barreiro", publicado no post de baixo.

E não se afastem já aqueles e aquelas que não gostam de futebol, porque prometo manter uma linguagem acessível e humorada.
Hoje temos o nariz do Chalana e o homem que está por detrás da penca.

Eu cheguei a ver o Chalana ao vivo.
Não a jogar nos estádios, mas em casa da minha avó.
E isto porque o pequeno genial é primo da Cristina que foi casada com o meu tio Afonso.
Como se pode ver na foto publicada na rubrica "O Pequeno Johnny", Deus foi clemente e poupou-a ao vexame de ostentar um grande nariz como o primo que deliciou os adeptos do Benfica nas décadas de 70 e 80.
info: Fernando Albino Sousa Chalana nasceu no Barreiro, a 10 de Fevereiro de 1959. Representou o Benfica nas décadas de 70 e 80 e o Bordéus, após o Europeu de 1984 onde foi uma das figuras em destaque. Apesar do seu futebol genial só marcou dois golos com a camisola de Portugal. Mas ofereceu muitos para outros marcarem.
------------------------------

O nariz exuberante e logo abaixo um farfalhudo bigode a disfarçar o tamanho, foram algumas das imagens de marca do jogador do Barreiro que, pelas parecenças físicas com a personagem de b.d. Astérix, ficou também conhecido como "Chalanix".

Mas nos relvados era o valioso pé esquerdo de Chalana que encantava os adeptos e fazia desesperar os adversários.
O Europeu de 1984, em terras de França, foi o seu grande momento: Inúmeros slalons de fintas mirabolantes e assistências para golo levaram a equipa das quinas ao terceiro lugar.
Nesse ano, melhor do que ele, só Platini e Tigana.

O narigudo foi depois para o Bordéus e, com o dinheirinho, Fernando Santos, então presidente do Benfica, mandou concluir o terceiro anel do antigo Estádio da Luz.
Hoje está tudo feito em pó.

Ultimamente Chalana voltou a ser notícia por se ter tornado treinador do Benfica depois da saída de Camacho, mas não parece talhado para grandes feitos como técnico.
Nos relvados, com uma bola à frente dos pés, era diferente.

Amanhã há nova viagem na máquina do tempo.
Venha comigo assassinar saudades.

2 comentários:

N.M disse...

Um génio com a bola....

João Paulo Cardoso disse...

n.m:
Já como treinador é fraquinho. Muitas vezes leva um bigode dos outros.

Um abraço.